[Dysfunctional Family by Yinka Shonibare]
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Mas, como tambem se diz logo no inicio do documentario, "tudo comeca na familia"... De facto, nunca me esqueco desta frase (ordem?) que me foi dirigida por alguem da minha familia mais proxima: "tens que deixar os outros existir!" (... nao que eu alguma vez tivesse tido a intencao, a pretensao ou, menos ainda, a capacidade de impedir "os outros de existir"... so, what that means in practice is: "tens que deixar de existir para que eu e a(o)s outra(o)s possamos existir!"...).
E eu cresci a ouvir no seio da minha familia tanto quanto ouvi strong statements sobre "direitos adquiridos" (e, ja' agora e a titulo de curiosidade, a ser cognominada por um amigo da familia - por sinal um arquitecto portugues de quem incluo um postal aqui e que, by the way, foi quem me ofereceu o meu primeiro disco dos Pink Floyd - desde os meus 15/16 anos como "a intelectual da familia", cognome tambem usado frequentemente pela minha mae...- o que, amarga ironia, se viria a revelar uma afiada espada de dois gumes ao longo da minha vida!...) este dito, aparentemente baseado num proverbio baKongo: "a orelha nunca pode crescer mais do que a cabeca"!
Trouble is... talvez 'a excepcao destes, toda(o)s nascemos com a (e pensamos pela) nossa propria cabeca!
[Scramble for Afrika, by Yinka Shonibare]
Em suma: alguem ja' tentou reflectir um pouco mais profundamente sobre de onde veem os famosos e famigerados "complexos de inferioridade" (tambem designados por outros, "complexos de colonizado") dos negros e, muito particularmente, das negras?... Ou das causas estruturais do aparentemente "cronico sub-desenvolvimento" de Africa?!... I wonder...
[Extracto daqui]